quinta-feira, 19 de agosto de 2010

19 de Agosto - Dia Mundial da Fotografia



Foi numa manhã, mais precisamente no dia 19 de agosto de 1839, que a fotografia se tornou de domínio público em território francês. O anúncio oficial foi feito na Academia de Ciências e Artes de Paris, pelo físico François Arago, que explicou para uma platéia espantada os detalhes do novo processo desenvolvido por Louis Jacques Daguerre. O físico apresentava e doava ao mundo o daguerreótipo.
Naquele momento o ato parecia uma mágica. Uma caixa escura, ferramenta capaz de captar e fixar numa superfície o mundo "real".
Dizem as lendas que em seguida à cerimônia várias pessoas saíram as ruas em busca de uma máquina de fazer daguerreótipos e essa vontade de produzir imagens nunca mais cessou.
Daguerre não perdeu tempo. Antes de doar seu invento a França já havia patenteado o mesmo nas Ilhas Britânicas, Estados Unidos e nos quatro cantos do mundo.
"De hoje em diante, a pintura está morta" declarava o pintor Paul Delaroche. Nos círculos mais conservadores e nos meios religiosos da sociedade, "a invenção foi chamada de blasfêmia, e Daguerre era condecorado com o título de "Idiota dos Idiotas''".O pintor Ingres, ainda que utilizasse os daguerreótipos de Nadar para executar seus retratos, menosprezava a fotografia, como sendo apenas um produto industrial, e confidenciava: "a fotografia é melhor do que o desenho, mas não é preciso dizê-lo".
Baudelaire, um dos mais expressivos representantes da cultura francesa, negava publicamente a fotografia como forma de expressão artística, alegando que "a fotografia não passa de refúgio de todos os pintores frustrados", e, sarcasticamente, celebrava a fotografia "como uma arte absoluta, um Deus vingativo que realiza o desejo do povo. e Daguerre foi seu Messias. Uma loucura, um fanatismo se apoderou destes novos adoradores do sol".Com estas declarações, Baudelaire refletia o impacto causado pela fotografia na intelectualidade européia da época".
Um artigo publicado no jornal alemão Leipziger Stadtanzeiger, ainda na última semana de agosto de 1839, ajuda a compreender melhor este confronto:"Deus criou o homem à sua imagem e a máquina construída pelo homem não pode fixar a imagem de Deus. É impossível que Deus tenha abandonado seus princípios e permitido a um francês dar ao mundo uma invenção do Diabo".(Leipziger Stadtanzeiger ,26.08.1839, p.1) A nova concepção da realidade conturbou o mundo cultural e artístico europeu.
Como entender que a fotografia viesse para ficar, a não ser em substituição das tradicionais formas de representação? Já se havia gasto vãs sutilezas em decidir se a fotografia era ou não arte, mas preliminarmente, ainda não se perguntara se esta descoberta não transformava a natureza geral da arte e da cultura.
A nova invenção teve importância mais filosófica do que científica. Nasceu dentro do germe da sociedade industrial e a partir desta data o mundo nunca mais seria o mesmo.
       Texto de Enio Leite 


Em homenagem a esse dia, selecionei algumas das melhores fotos tiradas por mim e meu namorado e  postei-as a seguir:

*Mais fotos poderão ser vistas no álbum Melhores Fotos no site: http://picasaweb.google.com.br/Capricho.da.natureza/MELHORESFOTOS?feat=directlink


 

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Caminhada na natureza em Ribeirão Claro/Pr


Na data de 25 de julho de 2010, participei de uma caminhada na natureza em Ribeirão Claro/Pr, organizada pela Confederação Brasileira de Caminhadas - Anda Brasil (http://www.andabrasil.com.br/).
Passamos por diversas fazendas e pontos turísticos que guardam a história do auge da cafeicultura na região, a exemplo da Fazenda Monte Belo, famosa por preservar o perfil do cultivo de café das décadas de 40 a 60, embora com menor produtividade.
A caminhada durou aproximadamente 3 horas e percorremos cerca de 8,5 Km até chegar ao ponto final, marcado pela Fazenda Monte Belo. Incansáveis, porém, eu e meu namorados seguimos o caminho de volta a pé, perfazendo 16 km ou mais.
No decorrer da caminhada, como não poderia ser diferente, aproveitamos para fotografar as belas paisagens formadas pelas árvores, montanhas e plantações de café que ornamentavam as fazendas, bem como uma enorme figueira, com cerca de duzentos anos de existência, cuja beleza é esplêndida e grandiosa.
A seguir, apresento algumas fotos tiradas no passeio:

 Fazenda Monte Belo:
Figueira:
Flores encontradas no passeio: